Aula nº 3 do 3º bimestre:
O ser humano como ser
político
Na sua obra Política,
Aristóteles tratou da realidade, dos sistemas políticos existentes na sua
época. Platão adotava na República uma postura mais idealista, mais inclinada
para o imaginário, utópico, servindo de inspiração para os revolucionários. Já
Aristóteles foi inspirador dos pensadores políticos mais inclinados a ciência e
ao realismo. Para Aristóteles, o objetivo da política é a busca da felicidade
humana.
Para os gregos, pólis é a
cidade entendida como a comunidade organizada formada pelos cidadãos, isto é,
pelos homens nascidos no solo da cidade, livres e iguais portadores de dois
direitos inquestionáveis, a isonomia (igualdade perante a lei) e a isegoria (o
direito de expor e discutir em público opiniões sobre ações que a cidade deve
ou não deve realizar). Para Aristóteles, “O homem é naturalmente um animal
racional e político, destinado a viver em sociedade”.
Podemos dizer que em grande
parte o pensamento grego serviu como base para algumas concepções cristãs como
é o caso da ética. No entanto, no pensamento moderno caracterizou-se por fortes
críticas ao pensamento clássico. Maquiavel, por exemplo, rejeita a moral cristã
como fundamento e finalidade da política. Para ele, o governante, se necessário,
deve ser cruel e fraudulento para obter e se manter o poder “Os fins justificam
os meios.”. Tratava-se de uma ideologia que pregava o relativismo da ética e da
moral. Maquiavel entendia o mundo político e o descreveu como ele realmente é.
Não acredita na existência de um bom governo, encarnada na figura de um
governante virtuoso. A virtuosidade do governante está em bem administrar e
comandar o Estado.
Já Hobbes destaca que no
estado de natureza os homens têm um desejo, que é também em interesse próprio,
de acabar com a guerra, buscar a paz, e, por isso, formam sociedades entrando
num contrato social no qual o Estado é o garantidor da boa convivência entre os
homens.
Fonte: Currículo mínimo
(Seeduc)
Nenhum comentário:
Postar um comentário